Morte lenta

Aos corpos que ser carregam mortos
mortos de cansaço,
mortos por um avida morta,
Cansada se faz tirana
assim, a vida se arrasta...
lenta e miserável
numa rotina alucinante
Retumbante, entediante,
Dessa forma se vai
o que há de mais terrível em nós
o desejo de saber por quê...

Amor

Sou aquele cachorro nojento
que você enxota numa noite fria
Sou o gato que lhe roça as pernas
em troca de um afago e um pedaço de bife..
Sou sua sombra, sua mente e conciência,
Sou o que diz,
covarde, fraco, imundo, talvez...
mas sou também aquele que está em ti
por ti...
A cada passo cambaleante,
a cada chute que errou,
que vai ignorar sua piada mal contada,
e entre gargalhadas, espantar o tédio que te foga
não te mostro o céu colorido,
A maior parte dos meus dias chove e faz frio,
mas estou aqui, olhando pra você.
E simplismente me ignora...
mas tudo bem!

Isso

Somos poesias mortas
Flores tortas
num canto poeirento
de um retrato vazio..
Seguimos assim,
morrendo pra não ver
embebedando nosso espírito de
mentiras, mentiras...
Enquanto os mais corajosos
embriagam os corpos
E explusam seus demônios,
ou juntam-se a eles

Eis o que somos,
cegos por vocação,
iludidos por intenção
somos resumidamente, o que queremos ser
Temos a droga que nos merece...